Zona de Cooperação Comercial Internacional do Hub Oriental de Xangai: Um Novo Marco na Abertura da China ao Mundo
Desde a abertura e desenvolvimento de Pudong em 1990, que marcou o aprofundamento da reforma e abertura, até a criação, em 2013, da Zona -Piloto de Livre Comércio de Xangai, pioneira na inovação institucional, a cidade sempre esteve na vanguarda da abertura da China ao exterior, acompanhando o ritmo dos tempos.
No contexto das profundas transformações da economia global e da nova revolução tecnológica, a China está avançando com um nível ainda maior de abertura institucional. Xangai, mais uma vez, recebeu uma missão estratégica nacional. Em fevereiro de 2024, o país delineou um novo plano de abertura, e a Zona de Cooperação Comercial Internacional do Hub Oriental de Xangai (doravante denominada "Zona de Cooperação Comercial") surgiu como um modelo integrado de inovação estratégica.
2025 marca o 35º aniversário da abertura de Pudong. Localizada em Pudong e inspirada no espírito de sua abertura, a Zona de Cooperação Comercial concluirá, ainda este ano, a fase inicial de implementação, com a finalização da área de lançamento e a operacionalização de suas funções básicas. Esta é a primeira zona especial de seu tipo no país, o que a posiciona como uma das áreas de maior abertura internacional, buscando servir como um novo modelo prático para a expansão da abertura chinesa ao mundo.
Um Novo Paradigma de Hub
A Zona de Cooperação Comercial está situada a oeste do Aeroporto Internacional de Pudong e ao norte da Estação Ferroviária Leste de Xangai. Como principal hub aeroportuário internacional da China, o Aeroporto de Pudong recebe mais de 70 milhões de passageiros anualmente, dos quais cerca de 50% são internacionais. Com a entrada em operação do Terminal 3, em 2028, sua capacidade total atingirá 130 milhões de passageiros. A Estação Ferroviária Leste de Xangai, por sua vez, terá uma capacidade anual de 60 milhões de passageiros. A rede de transporte multimodal "aéreo-ferroviário" permitirá que a Zona de Cooperação Comercial atraia e aloque recursos globais.
Esta zona não é uma simples replicação de áreas especiais existentes, mas uma plataforma inovadora que integra e aprimora funcionalidades de modelos nacionais e internacionais. Combinando políticas de zonas de livre comércio, áreas de fiscalização aduaneira e regulamentos de zonas de restrição portuária, a Zona de Cooperação Comercial incorpora facilidades para fluxos transfronteiriços de pessoas e serviços comerciais. Seu modelo de supervisão inovador — "flexibilidade na primeira linha" (controles simplificados para entrada de pessoas e bens do exterior) e "rigor na segunda linha" (fiscalização regulatória entre a zona e as demais áreas do país) — cria um canal eficiente para atividades comerciais internacionais.
Estrangeiros que chegam ao Aeroporto de Pudong em voos internacionais podem entrar na zona sem verificação de visto chinês, bastando um convite registrado pela autoridade administrativa da zona, com permanência de até 30 dias (com possibilidade de extensão). Serviços de emissão de vistos no local serão oferecidos, facilitando ainda mais o intercâmbio comercial. No futuro, passageiros internacionais poderão acessar a zona em somente 10 minutos, via transporte direto do Terminal T3.
Uma Nova Matriz de Funcionalidades
A Zona de Cooperação Comercial é respaldada tanto por inovações institucionais quanto pela demanda da economia aberta de Xangai. A cidade abriga 75 mil empresas estrangeiras, 1.027 sedes regionais de multinacionais e 597 centros de P&D estrangeiros, com um comércio portuário que representa mais de 3% do total global. Além disso, é o principal ponto de entrada e saída de estrangeiros no país. A região do Delta do Rio Yangtze, onde Xangai se situa, é uma das áreas economicamente mais abertas e dinâmicas da China.
Como novo vetor de integração de recursos, a zona se apoia em funções essenciais como intercâmbio comercial internacional, feiras e exposições internacionais e capacitação global, construindo um ecossistema de serviços internacionalizados. Instalações de padrão internacional para exposições, conferências e treinamentos atenderão desde grandes eventos até demandas especializadas e personalizadas. Escritórios compartilhados e temporários servirão a profissionais de áreas como contabilidade, finanças, direito e consultoria. A zona também se conectará com a Exposição Internacional de Importação da China (CIIE, na sigla em inglês) por meio de uma plataforma de exposição e negócios "6+365".
Além disso, a oferta de serviços de apoio priorizará padrões internacionais, com infraestrutura comercial, gastronômica, de lazer e cultural, além de pagamentos via cartões estrangeiros ou telefone celular, e reembolso de impostos. Clínicas médicas de padrão global garantirão conveniência integral para executivos e seus acompanhantes.
Infraestrutura Inteligente e Sustentável
A competitividade da zona deriva não somente de inovações regulatórias, mas também de infraestrutura de ponta. A rede de transporte separa fluxos de passageiros e cargas, conectando-se rapidamente ao aeroporto e à estação ferroviária. Edifícios de inspeção conjunta, centros de convenções e áreas de verificação de cargas já estão em fase final de construção, garantindo suporte operacional.
O parque adotará padrões de consumo energético ultrabaixo, com espaços ecológicos integrados por vias de circulação sustentável. Plataformas digitais e terminais inteligentes permitirão gestão energética, logística e de segurança em tempo real. A combinação de "inteligência + sustentabilidade" não só melhorará a experiência das empresas, mas também projetará a inovação chinesa em desenvolvimento verde.
Com sua inauguração iminente, a Zona de Cooperação Comercial assumirá tarefas críticas de abertura avançada e reforma sistêmica, erguendo um novo polo de competitividade global.
Seu significado transcende as fronteiras geográficas para ser um cartão de visitas da China ao mundo, reafirmando o compromisso com "abertura contínua e reformas renovadas". Aqui, inovação política e recursos globais convergem, tecendo redes de cooperação internacional.
Ondas do Leste, maré sem fim. A Zona de Cooperação Comercial do Hub Oriental de Xangai será um pivô da integração global, impulsionando ganhos mútuos e injetando novo dinamismo chinês na economia mundial.