Oito escritores internacionais reúnem-se em Xangai para participar do Programa de Redação de Xangai

portuguese.shanghai.gov.cn| 2025-09-11
1.png
​Ricardo Fernandes (primeiro à esquerda), Filipa Caetano da Silva e Melo (terceira à direita) e os outros escritores selecionados posam para uma foto. [Foto/ Cortesia dos organizadores]

O Programa de Redação de Xangai 2025 foi oficialmente lançado em 4 de setembro na Associação de Escritores de Xangai. O programa, realizado anualmente desde 2008, é o primeiro projeto de residência de escritores estrangeiros na Parte Continental da China. Este ano, oito escritores de Burquina Faso, Portugal, Argentina, Hungria, Suíça, Brasil, Austrália e Nova Zelândia estarão em Xangai para uma residência criativa de dois meses.

O programa visa promover o intercâmbio literário por experiências de vida imersivas. Os escritores residem em apartamentos locais, mergulham na vida da cidade e participam de atividades como discussões literárias, compartilhamento de obras e passeios urbanos. Sun Ganlu, presidente da Associação de Escritores de Xangai, disse em seu discurso que Xangai, como uma cidade nascida da mobilidade, espera ver diferentes línguas maternas despertarem e culturas diversas se encontrarem. Ele chamou esses escritores de "embaixadores literários com passaportes literários".

Ricardo Fernandes, vice-presidente da Associação de Escritores do Brasil e colunista do Jornal do Brasil, é o terceiro escritor brasileiro a participar do plano. Ele disse que a característica de Xangai de combinar modernidade e tradição é impressionante, acreditando que a literatura, assim como a tecnologia, consegue transformar o mundo espiritual humano. A escritora portuguesa Filipa Caetano da Silva e Melo também está entre os participantes, mostrando a conexão contínua do plano com o mundo literário de língua portuguesa.

2.png
​Ricardo Fernandes compartilha suas primeiras impressões e sentimentos sobre Xangai. [Foto cortesia dos organizadores]

Os escritores participantes mostraram grande interesse pela cultura chinesa. Shilo Kino, escritora maori da Nova Zelândia, compartilhou sua experiência de aprender chinês, acreditando que o estudo do idioma a fez reexaminar sua própria cultura materna. Eileen Chong, poetisa sino-australiana, disse que sentiu uma sensação de voltar para casa em Xangai. Patricio Ferrari, poeta argentino, expressou "Xangai, muito bom" em chinês no local, provocando risos na plateia.

Até à presente edição, 114 escritores de 41 países participaram do projeto. Este ano, com o tema "Em um Mundo Marcado por Grande Movimento", o plano explora o valor e o poder da literatura no contexto da globalização. Os escritores acumularão materiais para suas obras por dois meses de experiência pessoal, observando, capturando e refletindo sobre os detalhes da vida nesta cidade. O projeto não somente fornece uma janela para escritores internacionais entenderem Xangai, mas também se tornou uma plataforma importante para o diálogo entre a literatura chinesa e o mundo.

 

Fontes: Jiefang Daily, Conta oficial da Associação de Escritores de Xangai no WeChat: shanghaizuoxie, Conta oficial do Consulado Geral do Brasil em Xangai no WeChat: CGBrazilShanghai

Ver também