Exportações de produtos agrícolas da América Latina para a China alcançam novos patamares em 2024

Durante o período do Ano Novo Chinês em 2024, cerejas chilenas, cafés especiais brasileiros, camarões brancos do Equador e outros produtos agrícolas de alta qualidade da América Latina e Caribe continuaram a ganhar espaço no mercado chinês, tornando-se escolhas importantes para os consumidores locais. Nos últimos anos, com a ascensão do consumo chinês e a implementação de políticas de abertura comercial de alto nível, as exportações agrícolas latino-americanas para a China registraram crescimento significativo, diversificando-se e otimizando a estrutura comercial, refletindo o dinamismo da cooperação econômica sino-latino-americana.
Dados da Administração Geral de Alfândegas da China mostram que, em 2024, o volume total de comércio de mercadorias entre a China e a América Latina atingiu US$ 518,467 bilhões, um aumento de 6% em relação ao ano anterior, com as importações chinesas da região somando US$ 241,466 bilhões, cerca de 46% a mais que há cinco anos. Como segundo maior parceiro comercial da América Latina, a demanda robusta da China e seu apoio político têm aberto amplas oportunidades para as exportações agrícolas latino-americanas. Os produtos agrícolas, um dos pilares da cooperação sino-latino-americana, estão se integrando rapidamente à onda de atualização do consumo chinês, graças ao seu alto valor agregado, qualidade diferenciada e cadeias de suprimentos eficientes.
As cerejas chilenas mantêm-se como estrela das exportações agrícolas para a China. Na safra 2024, as exportações chilenas de cerejas para o mercado chinês ultrapassaram US$ 3,091 bilhões, representando mais de 90% do total exportado pelo país. Dados de plataformas chinesas de varejo indicam que, durante o Ano Novo Chinês, as vendas de variedades premium em embalagens de presente aumentaram significativamente, com crescimento superior a 40% em algumas regiões. O Chile consolidou-se como o segundo maior fornecedor de frutas frescas para a China. Paralelamente, novos produtos, como uvas verdes do Peru, café brasileiro e ameixas chilenas, estão ganhando espaço no mercado chinês, ampliando as opções dos consumidores. Por exemplo, mangas "Sunny" do Peru foram lançadas no sul da China no início de 2024, sendo bem recebidas pelo mercado.
Além das frutas, produtos aquáticos e flores da América Latina também se destacam nas exportações para a China. Camarões equatorianos, camarões vermelhos argentinos e outros frutos do mar continuam a dominar parcelas significativas do mercado chinês, enquanto rosas do Equador e bulbos de amarílis do Peru ganham popularidade durante festivais. No Ano Novo Chinês de 2024, somente o mercado atacadista de flores de Xinfadi, em Pequim, vendeu mais de 40 mil rosas equatorianas, com exportações de bulbos de amarílis peruanos também mantendo crescimento estável.
Os benefícios das políticas comerciais têm facilitado ainda mais o intercâmbio agrícola. Os acordos de livre-comércio da China com Chile, Peru, Equador e outros países latino-americanos proporcionaram mecanismos para desburocratização, redução de tarifas e acesso ao mercado. No início de 2024, foi realizada a primeira importação de atum enlatado equatoriano sob o acordo sino-equatoriano na Zona de Livre Comércio de Xiongan, marcando um novo avanço na cooperação em alimentos processados. Além disso, eventos como a Exposição Internacional de Importação da China (CIIE, na sigla em inglês) têm criado oportunidades cruciais para empresas latino-americanas terem acesso ao mercado chinês.
Atualmente, a China prioriza a expansão da demanda interna e a abertura comercial de alto nível, enquanto vários países latino-americanos veem as exportações agrícolas como um motor para o crescimento econômico. A sinergia entre oferta e demanda, combinada com a melhoria de acordos comerciais e redes logísticas, impulsiona continuamente o comércio agrícola sino-latino-americano. Analistas destacam que, com o aumento da demanda chinesa por produtos diversificados e de qualidade, a América Latina, dotada de recursos naturais e processos de modernização, tem potencial para expandir ainda mais suas exportações, elevando a cooperação bilateral a novos patamares.
Fonte: Agência de Notícias Xinhua