Festival China-Brasil de Xangai une culturas

De batidas de samba a oficinas de idiomas, o primeiro Festival Cultural China-Brasil da Universidade de Xangai transformou seu campus em uma animada encruzilhada de ritmo, cultura e criatividade.
Realizado de 20 a 24 de outubro, o Festival comemorou o 50.º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Brasil.
Organizado em colaboração com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), o evento reuniu estudantes, professores e artistas dos dois países em uma série de eventos interativos.
Na Escola de Línguas Estrangeiras da Universidade de Xangai, os alunos chineses foram apresentados ao português, por professores da UFBA.
Antes de participar da oficina, Wang Jialin, 23 anos, estudante de pós-graduação em língua e literatura estrangeira, conhecia o Brasil principalmente por seu sucesso no futebol. Mas durante o evento, ela descobriu a expressividade da cultura brasileira.
“Quando eles se apresentavam, diziam ‘eu gosto de dançar’ e, no minuto seguinte, estavam dançando na hora”, disse ela, destacando como os brasileiros trazem paixão a cada momento.
Wen Zixia, 23 anos, estudante de língua e cultura francesas, observou os paralelos culturais entre os dois países.
“Ambos países abrigam muitos grupos étnicos, e ambas as culturas têm a mente aberta e estão ansiosas para compartilhar”, disse ela. “Os professores perguntaram a cada um de nós sobre nossas cidades natais e expressaram grande interesse em visitá-las no futuro.”
A música também é uma linguagem poderosa da cultura. Guan Keyang, estudante de pós-graduação em educação musical, participou de uma oficina de violão conduzida pelo músico brasileiro Mário Ulloa, reforçando sua impressão sobre a rica paisagem musical do Brasil.
“O Brasil é famoso pelo samba e a experiência só confirmou isso”, disse Guan.
Ela relembrou um momento emocionante durante uma jam session quando artistas locais foram convidados a participar.
“Quando eles tocaram a mesma música com o professor Ulloa, foi comovente ver como, apesar de virem de diferentes partes do mundo, estavam todos conectados naquele momento”, disse ela.
O Festival também apresentou aos alunos as artes cênicas brasileiras.
Na Academia de Cinema de Xangai da Universidade, as oficinas mostraram técnicas expressivas que abrangem os pontos de vista dos estudantes chineses.
“As oficinas tinham uma natureza libertadora, como usar pedras como adereços e se apresentar descalço”, disse Liu Xinrui, estudante de pós-graduação em artes plásticas.
Para Zhu Ying, uma caloura de 18 anos que está se formando em artes cênicas, a experiência foi tanto física quanto criativa.
“Movimentamo-nos em diferentes velocidades ou dançamos livremente ao ritmo do samba, o que nos permite sentir e ativar nossos corpos conscientemente. Foi revigorante”, disse Zhu.
Essa nova perspectiva também a levou a reconsiderar seus limites criativos: de acordo com Zhu, suas aulas regulares de atuação começam geralmente com cenas pré-estabelecidas, seguidas pela determinação de personagens, cenários e cronogramas. O enredo é então desenvolvido e apresentado de acordo.
No entanto, durante uma das oficinas do Festival, os alunos foram divididos em duplas e receberam a tarefa de se comunicar sem palavras, baseando-se apenas em contato visual e gestos.
“Houve uma interação magnética entre nós, que inspirou a criação de certos enredos por meio de nossa imaginação”, explicou ela.
Zhu acredita que eventos como esse ajudam os alunos a reavaliar seu desempenho e seus processos criativos.
“Isso nos estimula a sair de nossas rotinas habituais e explorar novas possibilidades de inovação”, disse ela.
Wen Zixia enfatizou que, embora o Festival tenha durado apenas quatro dias, essa experiência imersiva foi valiosa e esclarecedora.
“Interagir diretamente com alguém do Brasil nos permite conectar-nos verdadeiramente com sua cultura”, disse ela. “É algo que não pode ser substituído por uma simples leitura on-line.”
Shi Yanbing, 23 anos, estudante de pós-graduação em língua e literatura estrangeira, participou da promoção do evento no campus e enfatizou a importância dos intercâmbios culturais.
“Entender a cultura do outro ajuda a reduzir mal-entendidos e preconceitos”, disse ela. “Isso nos permite compartilhar melhor nossas tradições e ideias.”
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