Especialistas internacionais em estudos da China reúnem-se em Xangai para compartilhar sabedoria

A segunda edição da Conferência Mundial sobre Estudos da China teve início no dia 14 de outubro em Xangai, no leste da China, com o tema "China Histórica e Contemporânea: Uma Perspectiva Global".
Cerca de 500 renomados especialistas e estudiosos de todo o mundo participam do evento, que inclui fóruns, atividades e uma exposição com foco na civilização urbana.
Li Shulei, membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e chefe do Departamento de Comunicação do Comitê Central do PCCh, participou da conferência e proferiu o discurso principal.
Chen Jining, também membro do Birô Político do Comitê Central do PCCh e secretário do Comitê Municipal de Xangai do PCCh, esteve presente no evento.
Convidados da China e do exterior destacaram que, apesar dos diversos desafios, o mundo manifesta hoje um desejo mais forte de compreender e aprender com a China.
"Estamos testemunhando a globalização dos estudos sobre a China e, com isso, um processo progressivo de descentralização da influência ocidental nessa área", afirmou o estudioso britânico Martin Jacques, acrescentando que, à medida que o Sul Global aprofunda seus intercâmbios com a China, está formando suas próprias visões com base em experiências, conhecimentos e pesquisas de primeira mão, dependendo cada vez menos da mídia ocidental.
Os participantes ressaltaram que os estudos sobre a China devem compreender a civilização chinesa como um todo organicamente unificado, examinando o cenário socioeconômico-político do país dentro de uma estrutura histórica e cultural mais ampla.
Atualmente, à medida que pessoas em todo o mundo demonstram crescente interesse pela leitura dos clássicos antigos chineses, elas passam a assimilar valores como a busca pela paz e o espírito de abertura e coragem para enfrentar o futuro, observou Tiziana Lippiello, reitora da Universidade Ca' Foscari de Veneza, na Itália.
Os participantes também destacaram a importância de explicar o caminho chinês para a modernização, de modo a apresentar ao mundo uma narrativa verdadeira, multidimensional e holística sobre a China. Eles manifestaram ainda apoio à Iniciativa de Civilização Global, comprometendo-se a atuar como enviados que unem civilizações e impulsionam maior aprendizado mútuo e intercâmbio.
O intercâmbio e o aprendizado mútuo entre civilizações não são apenas parte essencial da globalização, mas também uma força motriz para a busca espiritual da humanidade, afirmou Konstantinos Polymeros, professor da Universidade da Macedônia Ocidental, na Grécia.
"A China tem uma longa história e um futuro ainda mais promissor. Nesta era, simplesmente não se pode deixar de vir à China", acrescentou Polymeros.
Os subfóruns abordarão temas como a modernização chinesa, os estudos sobre a China na era da inteligência digital e o papel dos jovens no futuro dessa área, entre outros assuntos.
Organizada pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado e pelo governo municipal de Xangai, com o patrocínio de outras entidades governamentais e instituições acadêmicas, a conferência também anunciará uma iniciativa sobre o desenvolvimento dos estudos mundiais da China e apresentará uma bibliografia recomendada para pesquisas nesse campo.