A Semana de Moda de Xangai, um evento bianual, foi concluída em 1º de abril com um final deslumbrante no Art West Bund, apresentando as últimas coleções de marcas nacionais e internacionais.

O evento, que durou uma semana, foi uma fusão de desfiles, exposições e experiências de varejo, gerando um aumento significativo nos gastos dos consumidores em toda a cidade.

Uma vitrine para marcas internacionais e a economia de estreia

O evento deste ano registrou um número crescente de marcas internacionais estreando na China.

Desde a Feira de Moda de Xangai MODE, no Hongqiao United Plaza, com 22 designers de 12 países africanos, até o lançamento da marca de luxo britânica Marchesa, na vitrine GLAM, no New Bund 31, a Semana de Moda de Xangai ofereceu uma plataforma para as marcas entrarem no lucrativo mercado chinês.

Para facilitar essas apresentações, a cidade introduziu uma iniciativa de "economia de estreia 3.0", acrescentando três novas medidas às sete existentes.

Essas iniciativas se concentram na simplificação dos processos de importação e no fornecimento de suporte abrangente para as marcas que desejam estabelecer sua presença em Xangai.

"Esperamos que mais marcas venham para Xangai, começando com seu evento de estreia, depois com a abertura da primeira loja e, por fim, estabelecendo sua sede aqui, expandindo ainda mais seu alcance global", disse Liu Min, vice-diretor da Comissão Municipal de Comércio de Xangai.

A iniciativa apresentou resultados promissores.

A Moncler, por exemplo, relatou um aumento de vendas de mais de 40% após levar seu tão esperado projeto Moncler Genius para a China pela primeira vez durante a Semana de Moda de Xangai em outubro.

Durante a última Semana de Moda de Xangai, a Walt Disney China colaborou com 10 marcas chinesas para realizar um desfile de moda com o tema Toy Story: Um Mundo de Aventuras, destacando ainda mais o apelo da cidade como uma plataforma para colaboração global.

Uma plataforma de lançamento para talentos locais

Embora as marcas internacionais atraiam uma atenção considerável, o sucesso da Semana de Moda de Xangai depende, em última análise, da força de seus designers locais.

Assim como Nova York, Londres, Paris e Milão cultivaram prósperos setores de moda locais, Xangai reconhece a importância de cultivar talentos locais.

"Sem as marcas locais, a Semana de Moda de Xangai não representaria Xangai e não representaria a China", disse Tong Jisheng, diretor do Comitê Organizador da Semana de Moda de Xangai e presidente do Orient International Group.

Xangai implementou uma estratégia multifacetada para capacitar sua comunidade de design local.

A iniciativa também forneceu suporte para designers emergentes, incluindo a "Maior Temporada de Pedidos da Ásia", que conecta designers com compradores e oferece uma plataforma abrangente para comercialização.

Esse compromisso de estimular talentos locais está rendendo dividendos. Marcas locais, como a SHUSHU/TONG, foram aclamadas internacionalmente, atraindo turistas coreanos para sua loja principal em Xangai, onde os clientes coreanos agora representam quase 30% das vendas.

Destinos de moda impulsionam o consumo em toda a cidade

Para ampliar ainda mais o impacto da Semana de Moda de Xangai, o evento foi expandido para além do formato tradicional de passarela.

A cidade designou 36 "Pontos de Referência Cooperativos da Semana de Moda de Xangai", que são locais estrategicamente escolhidos nos distritos centrais da cidade, incluindo Xintiandi, C-PARK Haisu Cultural Square, Rockbund e HKRI Taikoo Hui.

Esses locais sediam uma variedade de eventos, incluindo workshops, lojas pop-up e instalações de moda, criando uma experiência especial para os consumidores.

A estratégia foi muito bem-sucedida, com Xintiandi registrando um aumento de 300 a 400% nas vendas durante a semana de moda em comparação com o mesmo período do ano passado.

O evento também tem um efeito cascata em outros setores, como o turismo e a hotelaria, com os gastos dos consumidores nas áreas vizinhas aumentando de 20 a 30%.

A longo prazo, a Semana de Moda de Xangai pretende transformar esses pontos de referência em centros culturais, atraindo mais marcas, eventos e empresas.

O C-PARK Haisu Cultural Square, por exemplo, atraiu mais de um milhão de visitantes e sediou vários eventos de moda desde que se tornou um marco designado pela Semana de Moda de Xangai. Atualmente, ela também abriga sedes corporativas, como o Centro Li-Ning de Xangai, o portal de livros digitais Fanshu e a fábrica da Lidar Hesai Technologies.

Fonte: Jiefang Daily