As empresas multinacionais sediadas em Xangai estão exportando cada vez mais práticas ambientais, sociais e de governança desenvolvidas na China para suas operações globais, de acordo com a Conferência de Lançamento do Relatório ESG e de Casos de Empresas com Investimento Estrangeiro em Xangai 2025, realizada em 16 de dezembro.

As empresas estrangeiras em Xangai estão aproveitando o ambiente favorável da cidade para ser pioneiras em inovações de ESG que agora estão sendo implementadas no exterior, refletindo uma tendência crescente de "práticas locais com resultados globais".

A SABIC, fabricante de produtos químicos da Arábia Saudita, por exemplo, colaborou com a Enlio num programa de renovação de quadras de basquete iniciado pela Saudi Aramco. O projeto utiliza plásticos reciclados da SABIC no piso das quadras, estabelecendo assim um sistema de materiais em ciclo fechado.

A Nestlé China também está reduzindo as emissões por meio da alimentação de precisão e do melhor manejo do esterco, colaborando com 36 fazendas em toda a China para promover práticas agrícolas sustentáveis.

A Nippon Paint China, por meio da adoção de tecnologias de economia de água, conseguiu reduzir o consumo de água por tonelada de produto para 0,43 toneladas em 2024, representando uma queda de 13,63% em relação ao ano anterior.

O Programa de Educação em Segurança "Cavalinho Vermelho" da Volvo, implementado em parceria com a Fundação de Serviço Público para Voluntários de Xangai, alcançou mais de 5.000 crianças em 41 escolas locais em 2024, com o objetivo de prevenir acidentes de trânsito. 

"A sede da Volvo elogiou muito a inclusão do caso 'Cavalinho Vermelho' no relatório ESG global, considerando-o a melhor combinação da filosofia de segurança da marca Volvo com a prática ESG", disse Si Fanfeng, diretor sênior da Volvo.

Si acrescentou que o programa se expandiu para a Suécia, com mais de 40 colegas de todo o mundo participando do treinamento desse projeto na China.

Em fevereiro de 2024, a Comissão Municipal de Comércio de Xangai divulgou um plano de ação de três anos, cobrindo 2024-2026, para aprimorar as capacidades ESG das empresas estrangeiras na cidade. O plano visa estabelecer um ecossistema ESG colaborativo até 2026.

Huang Feng, presidente da Associação de Investimento Estrangeiro de Xangai, disse que mais de 90% dos 41 relatórios ESG coletados de empresas com investimento estrangeiro em Xangai incorporam características chinesas, destacando a resposta proativa das empresas multinacionais na cidade às metas de "carbono duplo" da China.

Fonte: Shanghai Observer