No dia 4 de dezembro de 2025, um alto funcionário do Partido Comunista da China (PCCh) destacou o compromisso do país em trabalhar com as nações do Sul Global para buscar a modernização, afirmando que uma China mais desenvolvida e mais aberta aumentará a confiança e a capacidade de outras nações para reunir forças, por meio da solidariedade e da cooperação, com o objetivo de alcançar a modernização.

Liu Haixing, chefe do Departamento Internacional do Comitê Central do PCCh, fez essas declarações no Terceiro Diálogo de Think Tanks do Sul Global. O evento, realizado em Xangai, teve como tema “Buscando Força por meio da União: Responsabilidade e Ação do Sul Global”.

Observando os riscos e desafios crescentes decorrentes da rápida evolução do cenário internacional, Liu afirmou que, diante das novas circunstâncias, a China está disposta a unir forças com os países do Sul Global para assumir a responsabilidade da época atual e adotar medidas ativas para fazer a modernização avançar.

Crescimento compartilhado

Liu solicitou a implementação da Iniciativa de Desenvolvimento Global (IDG) para alcançar o crescimento compartilhado. "A prosperidade e a estabilidade do mundo não podem ser construídas com base no empobrecimento dos pobres e no enriquecimento dos ricos. Devemos colocar o desenvolvimento no centro da agenda internacional, construir ativamente uma economia mundial aberta e compartilhar oportunidades por meio da abertura para resultados mutuamente benéficos, realizando a modernização em conjunto", afirmou.

A quarta sessão plenária do 20º Comitê Central do PCCh, realizada em outubro, aprovou as recomendações para a elaboração do 15º Plano Quinquenal do país (2026-30), que destacam o apoio da China ao Sul Global na construção de sinergias por meio da união, bem como seu compromisso em intensificar a ajuda a outros países e fornecer mais bens públicos ao mundo. Trata-se de uma mensagem que a China envia ao mundo de que continuará contribuindo para o processo de modernização do Sul Global.

Modernização para todos

Bhokin Bhalakula, ex-presidente da Assembleia Nacional da Tailândia e presidente da Associação Cultural e Econômica Sino-Tailandesa, destacou a importância histórica da quarta sessão plenária, afirmando que a sessão reafirmou o firme compromisso da China com a modernização e a cooperação global inclusiva.

Ele disse que a Iniciativa Cinturão e Rota proposta pela China, particularmente ao entrar em uma nova fase de cooperação de alta qualidade, trouxe mudanças tangíveis ao Sudeste Asiático, com conquistas notáveis que vão desde ferrovias transfronteiriças e infraestrutura digital até cooperação energética e intercâmbios educacionais.

Por exemplo, a Ferrovia China-Laos não é somente uma simples rota de transporte, mas sim uma ponte para a prosperidade, disse ele, acrescentando que o desenvolvimento do Corredor Econômico Oriental da Tailândia conta com forte apoio do investimento e a cooperação industrial da China, especialmente em áreas-chave como logística inteligente, veículos elétricos e biotecnologia.

Mutale Nalumango, vice-presidente do Partido Unido para o Desenvolvimento Nacional e vice-presidente da Zâmbia, enfatizou a importância do processo de modernização da China para o mundo, particularmente para o desenvolvimento das relações entre a China e a África, bem como entre a China e a Zâmbia.

Ela expressou o apoio de seu país às quatro iniciativas globais propostas pelo presidente Xi Jinping: a Iniciativa de Desenvolvimento Global, a Iniciativa de Segurança Global, a Iniciativa de Civilização Global e a Iniciativa de Governança Global.

"Apoiamos fortemente essas iniciativas, sabendo que a paz, a segurança e a estabilidade regional são um símbolo de nossos esforços para, com base em nosso interesse comum, construir o futuro que desejamos, uma responsabilidade compartilhada sobre como devemos construir o futuro e uma garantia para compartilharmos os benefícios do futuro que construímos", disse Nalumango.

É crucial que os países do Sul Global fortaleçam a cooperação para promover o desenvolvimento sustentável e construir uma ordem internacional mais equitativa, acrescentou-a.

Fonte: chinadaily.com.cn