Na noite de 7 de outubro, no Shanghai Oriental Art Center, Gilberto Gil, conhecido como “o grande arquiteto da música popular brasileira”, subiu ao palco segurando um violão e dedilhando suavemente as cordas, e a apaixonada melodia de sua música rapidamente contagiou todo o teatro. A apresentação contou com vários clássicos brasileiros, que não apenas demonstram o talento musical de Gil, mas também simbolizam o aprofundamento da amizade, da cooperação e do intercâmbio cultural entre a China e o Brasil.

Uma lenda da música brasileira, Gilberto Gil tem uma carreira musical que se estende por mais de meio século, com quase 60 álbuns e nove prêmios Grammy e indicações. Os trabalhos de Gil combinam a música popular brasileira com elementos globais, demonstrando um forte senso de identidade cultural e visão global. O músico brasileiro enfatizou que a música não é apenas entretenimento, mas uma força que traz esperança e mudança: “A música é a minha linguagem, ela me levará a conhecer o mundo, a qualquer lugar”.

Gil abriu o show com “Expresso 2222” e seguiu, durante a primeira metade do show, com uma apresentação mais melódica, na linha do “banquinho e violão”, recordando diversos sucessos seus e de outros grandes músicos brasileiros e contando histórias sobre sua vida e sua obra. Na segunda parte do show, de pé e com uma guitarra nas mãos, Gil emocionou a platéia com Não Chores Mais e continuou com vários sucessos de sua carreira, interagindo com uma platéia cada vez mais animada. Com a presença de muitos brasileiros no teatro, o público ficou de pé para cantar Aquele Abraço. Gil encerrou sua apresentação com Toda Menina Baiana.

O show também foi uma vitrine do legado musical da família. Os filhos e a neta de Gil também são excelentes músicos que herdaram o talento musical do pai e incorporaram elementos musicais modernos em suas composições, demonstrando a capacidade da nova geração de músicos brasileiros de herdar a tradição musical e fazê-la evoluir de forma inovadora. A apresentação conjunta não só demonstra a herança das habilidades musicais, mas também a continuação da cultura e da tradição.

Naquela noite, o Oriental Arts Center transformou deliberadamente a sala de concertos em um espaço de artes cênicas com uma atmosfera de Live House, diminuindo a distância entre o público e os músicos para criar um ambiente ainda mais interativo. Esse formato se encaixa perfeitamente no entendimento de Gil de que “A música não é um conjunto de sons isolados, ela deve realizar seu significado na ressonância com as pessoas.”

Fonte: chinanews.com.cn